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Recentemente, o Brasil assumiu a posição de terceiro maior exportador mundial de produtos agrícolas e já possui o maior rebanho comercial de bovinos do mundo. Os recursos forrageiros basais têm grande participação nestas conquistas. Como o país tem clima tropical, a incidência de raios solares sobre as forragens é maior do que nos países de clima temperado, como Europa e Estados Unidos, e isso faz com que as plantas produzam mais fotossíntese e possam crescer mais durante um período de tempo maior. Com isso, o volume de massa para alimentação do animal brasileiro é superior tanto em quantidade quanto em intensidade, reduzindo os custos de produção.
— Isso faz com que os recursos forrageiros no Brasil sejam uma arma, no bom sentido, para a ampliação da produção animal tanto em termos de qualidade de produto quanto em termo de quantidade ofertada no mercado. O Brasil assumiu recentemente a posição de terceiro maior exportador mundial de produtos agrícolas, possui o maior rebanho comercial de bovinos e tem potencial realmente para assumir a ponta da exportação mundial de carne bovina. Essa potencialidade advém justamente do fato dessa grande disponibilidade de recursos para produção que existem no Brasil e devem ser mais bem explorados. Não adianta assumir uma posição instantânea no mercado e não se esforçar para se manter ou até melhorar essa posição. Felizmente, o Brasil tem estes recursos disponíveis e trabalhá-lo da melhor forma é, com certeza, uma meta que tem que ser alcançada em todo o território nacional — diz o professor Edênio Detmann, da Universidade Federal de Viçosa.
Detmann será um dos palestrantes do VII Simpósio de Produção de Gado de Corte, o Simcorte 2010, que acontece dos dias 3 a 5 de junho, em Minas Gerais e vai explicar aos produtores que o Brasil têm um alto nível de recursos basais por área que precisa ser explorado e que, ao contrário do que alguns pensam, na comparação com os recursos de países de clima temperado, os tropicais apresentam algumas vantagens como o menor custo de produção.
— Os custos com certeza são menores, uma vez que essa aptidão tropical faz com que nós consigamos produzir bastante coisa simplesmente a partir de fotossíntese. É lógico que tudo demanda manejo e fertilização, mas, se você comparar com alguns países do mundo onde você tem uma disponibilidade de clima adequado para produção agrícola que gira em torno de um terço do ano enquanto no Brasil em algumas regiões nós chegamos em até 90% com potencial de produção agrícola, com certeza apresentaremos um custo de produção muito mais baixo. Algumas vezes tende-se a julgá-los comparativamente com seus pares cultivados em regiões temperadas e tenta-se dirigir uma má qualidade destes recursos tropicais, mas, na verdade, nós temos um alto nível de recursos basais por área que podem e devem ser explorados para otimização da produção animal nos trópicos — destaca Detmann.
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